Atravessando a “nova” Av. Francisco Bicalho, a linha do Metrô avança para a Zona Norte. (Ou talvez fosse melhor dizer o contrário: é de lá que deve vir o maior fluxo de passageiros...)
A projeção do Metrô para esta grande área é complexa, mas pode-se pensar numa destinação específica para esta extensa Linha 4: a de ligar a Barra ao Galeão (via Centro, como vimos). Esta seria uma rota que não a sobrecarregaria e daria úteis alternativas a uma linha que atenderia diversos interesses.
Assim, a próxima parada seria a Estação São Cristóvão, em pleno Campo de São Cristóvão. Este seria mais um ponto de bifurcação, dele saindo: um ramal para o norte, visando o Aeroporto do Galeão; outro, para oeste, via Triagem, atendendo vários bairros populosos (o que fica para depois).
Indo para o norte, o Metrô passaria pela Estação Vasco da Gama (na Barreira do Vasco, próximo ao estádio de São Januário). A partir daí, se tornaria uma linha elevada (ou até, em alguns trechos, de superfície), a exemplo da Linha 2, em mais um trecho de Metrô Panorâmico, embora neste caso a paisagem ainda tenha que ser melhorada...
Em um grande estirão, seguiria pela Av. Brasil, que logo cruzaria, formando, à frente da Vila do João, a Estação Fiocruz (o nome mais fácil...), com acesso para a Fundação Oswaldo Cruz (Manguinhos), do outro lado. Seguindo mais um pouco a Av. Brasil, a linha se juntaria (e depois cruzaria) a Linha Amarela, formando, no viaduto sobre a Linha Vermelha, a Estação Fundão. A estação, construída no lado continental, atendendo às comunidades locais, teria também acesso à Ilha do Fundão, onde os usuários (certamente, estudantes...) usariam ônibus internos da UFRJ.
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Ainda no continente, a linha seguiria junto à pista da Linha Vermelha, até o melhor ponto de travessia para a Ilha do Fundão. Sobre esta ponte, mais uma estação, a Estação Maré, com acessos controlados por ambos os lados do Canal do Cunha.
Agora, pelo litoral da ilha, chega-se à área fronteira ao Hospital Universitário, e neste ponto teremos a Estação Universitário. Neste trecho, o Metrô cruzará, por cima, as pistas do BRT Transcarioca para, em seguida, com algum remanejamento das pistas e as necessárias reformas estruturais, ocupar (ou substituir) a antiga ponte do Galeão, hoje praticamente desativada.
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Chegamos à Ilha do Governador, diante do antigo Aeroporto do Galeão, e a pergunta é: a linha do Metrô pode atravessar por baixo das pistas do aeroporto?...
Se pode, ótimo!... Simplesmente, a (ainda!) Linha 4 volta a ser subterrânea, e isto se daria na praça (sem nome?) que, até então, formava o contorno de acesso à ponte velha da Ilha. Daí, atravessando em diagonal sob as pistas do aeroporto, o Metrô chegaria justamente ao espaço entre os dois terminais do aeroporto, onde formaria a Estação Tom Jobim, o que facilitaria o acesso a ambos.
Se não for possível este caminho direto, a ponte velha já não serviria e a linha teria que ser reposicionada. De algum jeito, chegaria à Estrada do Galeão, onde voltaria a ser subterrânea (ou talvez pudesse vir assim, por baixo do canal, desde a Ilha do Fundão). Entrando pelo rumo da Av. 20 de Janeiro, a linha chegaria ao mesmo ponto ideal para a Estação Tom Jobim, à frente e à mesma distância dos terminais do aeroporto.
Evidentemente, a continuação do Metrô para os principais bairros da Ilha do Governador seria uma consequência óbvia (e, supostamente, imediata...) desta obra.
É bom lembrar que, em termos de transporte coletivo, o Aeroporto Tom Jobim só conta, atualmente, com um serviço de ônibus altamente deficiente, como mostraram recentes reportagens nos jornais. Nos próximos anos, entrará em serviço o BRT Transcarioca, até a Barra da Tijuca, com integração com o possível BRT Av. Brasil, mas é evidente que os passageiros para o Centro e Zona Sul precisam de alternativas...
Interessante é o fato de que as características dos distintos grupos de passageiros atendidos nesta linha farão com que haja procura nas mais variadas horas, conforme sejam viajantes, estudantes, funcionários, torcedores, farristas etc...