Opinião > Seria engraçado se não fosse caro...

Até hoje a Prefeitura do Rio de Janeiro não explicou o aumento de 10% nos preços da passagemcomum dos ônibus cariocas, válido desde 01/01/12. Passado um primeiro e curto momento de indignação, as pessoas se calaram, meteram o galho dentro e a mão no bolso, e simplesmente pagam... 

Postagens nas redes sociais sobre o tema são solenemente desprezadas (e quase tudo que se fala sobre transportes na cidade), como se fosse uma imposição do destino...

Os antigos críticos exigentes da classe média carioca parecem desgastados, cansados destas lutas. Ou andam de carros, têm dinheiro bastante para não esquentarem com estas mixarias e creem que o conforto vai durar pelo resto de suas vidas...

Ah, mas tem uma garotada aí fazendo um auê!... Equilibrando bem o senso de humor e o de responsabilidade social, criaram a Meu Rio, “um movimento democrático e apartidário”, que prega (e acredita em) “uma maior participação dos cariocas nas questões de políticas públicas”.

É hilária (se não fosse deprimente...) atentativa telefônica que fizeram, tentando obter informações oficiais sobre este aumento. Indo logo ao non sense final, dizem a eles que peguem os dados sobre custos das empresas (base para o aumento) com a Fundação Getúlio Vargas. Só que a FGV não dá informações... Ela cobra por elas!   

Nesta 4ª-feira, 01/02, outra performance bem humorada, o “Protesto da Roleta”, na entrada da Secretaria Municipal de Transportes do Rio, rua D. Mariana, Botafogo.
Quem entrou ou saiu do prédio encontrou, por um tempo, uma “parede humana” e teve que passar por uma roleta de ônibus ou, os de carro, por uma cancela. 

Acabaram sendo recebidos pelo Coordenador Geral de Concessões e entregaram uma petição com mais de 3.700 assinaturas.

Só que ainda vão (vamos!) esperar pelas explicações...

E, infelizmente, já estão um passo atrás: no mesmo dia o governo do Estado anunciou um aumento de 60% no preço das passagens das barcas...

Qual será a explicação?...